A IA vai estragar a internet? 😐
Tem uma chance razoável de que as inteligências artificiais transformem a internet em um lugar chato pra caramba. Isso porque, como era de se esperar, o conteúdo gerado com ferramentas de IA já está preenchendo todos os espaços vazios com groselha (lembram do Jesus Camarão?). Tudo o que o sol toca, pequeno Simba, agora é da IA. E isso, claro, é uma preocupação para a Meta, gigante das redes sociais.
Esta reportagem da 404 Media fala sobre como a empresa está lidando muito mal com a presença de conteúdo de IA no Facebook: a falta de ajustes no algoritmo e na moderação, o tagueamento errôneo em alguns conteúdos, o abandono de especialistas que antes opinavam e tinham acesso ao plano de ação da empresa… Não é um cenário favorável e a empresa, sinceramente, não parece ligar tanto.
O mesmo não acontece com o Instagram e o Threads. Os dois principais produtos da empresa, já oferecem um selo para indicar conteúdo gerado por IA, mas que não foi bem recebido pela comunidade por um simples motivo: a simples edição em uma foto tirada originalmente com uma câmera pode despertar o selo de IA da plataforma.
De qualquer forma, todo o conteúdo de IA que tem sido empurrado em todas as redes, não só as da Meta, nos mostra que vai ficar cada vez mais xarope passar tempo nas redes sociais. Quem sabe seja até uma solução (não solicitada) para o problema que eu trouxe no episódio dessa semana.
Curtinhas 💾
Negócio da China. Magalu e AliExpress fecham acordo de venda de produtos em ambos os marketplaces.
Sem crueldade. Pesquisadores de Harvard desenvolvem alternativa mais eficaz para testar medicamentos do que o uso de animais.
Ops. Este cara pegou o Google Gemini mudando a resposta no meio do caminho. A pergunta era sobre o próprio Google.
Egotrip. A PM de São Paulo achou que era uma boa ideia deixar um youtuber americano filmar uma ação policial. De farda e tudo.
Falando em línguas. Uma IA que pode te transformar em um poliglota.
Paz e amor. Conheça a última (a única?) rede social good vibes.
Mais que beats. O hip-hop é uma excelente ferramenta para tentar entender a crise política francesa.
Torradeira espacial. A Nasa vai lançar sua própria estrela-pesquisadora.
Flopou. Seria o Vision Pro o novo iPod?
Gema mole. Não encoste no ovo. Nunca.
Golpe. Homens que marcaram encontros através de apps focados no público gay foram assaltados e até assassinados em São Paulo.
Red pills. Como as redes sociais trouxeram à tona um novo tipo de masculinidade.
É de comer? Entenda o que é MTG, o novo funk "do TikTok".
Vai de game. O BeReal (lembra?) foi comprado por um desenvolvedor de jogos.
Portas em automático. O futuro dos aeroportos talvez esteja no reconhecimento facial.
Hiperlink 🔗
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Extendidas 📡
Acusado de vazar 700 mil documentos confidenciais americanos desde 2010, Julian Assange fez um acordo com o governo dos Estados Unidos e deixou a prisão no Reino Unido para se declarar culpado em acusações de espionagem. Assange já está na Austrália. A fundação do Wikileaks e a prisão de Assange marcaram a cultura digital dos anos 2010, criaram uma infinidade de discussões sobre abusos governamentais (especialmente dos EUA) e muitas teorias da conspiração. Desde que a notícia surgiu, o Wikileaks já divulgou foto do Assange em trânsito, o irmão dele agradeceu o apoio do Papa e até do Lula, e vários líderes mundiais e outras lideranças reagiram à notícia. Para você que não lembra, a Al Jazeera fez um compilado dos principais documentos que Assange trouxe à tona através do Wikileaks:
Muitos países vão às urnas este ano e este artigo da Nature fala do trabalho de cientistas que produzem pesquisas relacionadas a atividades políticas, dados de eleições e outros campos das ciências sociais e como o trabalho deles é afetado por notícias falsas, grupos organizados online e governos autoritários. Relato preocupante.
A leitura de clássicos da literatura com a ajuda de IA pode dar novo fôlego para obras consagradas e, até mesmo, lançamentos. A repórter da Wired foi convidada para participar de um projeto chamado Rebind, com o objetivo de tornar a experiência de ler obras mais densas um pouco mais simples. A reportagem levanta bons pontos sobre a interação de IA com o consumo de literatura.
Quem corre está sempre se perguntando sobre qual é o melhor tênis de corrida. E logo depois, normalmente após conferir os preços, vem outra pergunta: faz diferença? A MIT Tech Review analisou o papel dos tênis de alta performance em provas de longa distância.
A esta altura do campeonato você já foi impactado por algum meme feito a partir de geradores de música por IA, como Suno ou Udio. Pois a conta chegou: as gravadoras estão levando a questão para a justiça. Aliás, muita gente experiente nem considera que isso seja música.
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