Mais uma tecnologia viciante đŸ˜”â€đŸ’«

Mais uma tecnologia viciante đŸ˜”â€đŸ’«
A alta produtividade das IA pode criar mais um vĂ­cio para o nosso dia-a-dia

Tudo agora Ă© inteligĂȘncia artificial. Hoje, muito possivelmente, vocĂȘ lembrou de alguma tarefa chata que tinha que fazer e deve ter pensado: "tem que ter uma IA que resolva esse pepino". VocĂȘ nĂŁo estĂĄ sĂł: quem trabalha na indĂșstria criativa, e atĂ© em outros setores, estĂĄ sendo superexposto ao universo da inteligĂȘncia artificial e vendo o impacto muitas vezes positivo que o uso de ferramentas como o ChatGPT podem ter quando integradas no fluxo de trabalho. Mas Ă© exatamente neste ponto que mora um (de vĂĄrios) perigo(s) do uso excessivo de IA.

No MIT Tech Review, dois pesquisadores abordam o fator viciante que a inteligĂȘncia artificial pode ter quando integrada ao nosso dia-a-dia. A facilidade e os atalhos que as IA trazem podem nos custar em termos sociais, Ă©ticos e psicolĂłgicos, como jĂĄ falei aqui e no RESUMIDO em muitos momentos (inclusive no episĂłdio desta semana, sobre como um aparelho quer emular amizades). Segundo os pesquisadores, as IAs podem causar o que chamam de "desordem do atrelamento digital": caso saibamos em algum momento resolver as coisas apenas com IA, ficaremos refĂ©m de um sistema que nĂŁo sabemos como funciona e perderemos a habilidade de resolver problemas por nĂłs mesmos no longo prazo. Ou seja, ficaremos viciados. 

Eles apontam no texto tambĂ©m que Ă© necessĂĄrio que governos e sociedade trabalhem por uma regulamentação do uso e do alcance das funçÔes de ferramentas de IA, especialmente no que diz respeito a tarefas que demandem grande carga mental e que podem ser mais afetadas por conta do isolamento social que as inteligĂȘncias artificiais podem causar em trabalhos assim. Para alĂ©m de problemas com a solidĂŁo, IA podem tambĂ©m ser um problema no que diz respeito ao tĂ©dio que criarĂŁo: afinal, em um cenĂĄrio em que tudo Ă© facilmente resolvido com um prompt, qual a vantagem em querer ser criativo?

Os pesquisadores apontam que um entendimento interdisciplinar do problema Ă© a melhor saĂ­da. Por enquanto, vale a mĂĄxima de nĂŁo abusar do uso da ferramenta e sempre tirar um tempo das telas.

Bits đŸ’Ÿ

Meme-papelaria: aquela foto do Medina vai virar capa de caderno.

Acabou. É o fim dos influencers?

Doideira. O Twitter, digo, X, quer processar quem nĂŁo quer anunciar por lĂĄ.

DinheirĂŁo. O papel das marcas nesta OlimpĂ­ada foi bem maior do que antes.

Cervejinha. Um jogo bobo envolvendo um urso e uma torneira de root beer.

RetrĂŽ. Como era um computador de bolso nos anos 1980.

Péssima ideia. O Ministério das ComunicaçÔes fez uma montagem racista com a foto de Rebeca Andrade no pódio. O post foi substituído após o erro.

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No RESUMIDO #275: A OlimpĂ­ada da influĂȘncia / Friend, seu novo amigo / Google monopolista / Ouça agora na sua plataforma preferida!

Cobaias. cientistas estĂŁo sendo vĂ­timas de fraudes com o uso de deepfakes.

Casos de famĂ­lia. A filha trans de Elon Musk expĂŽs novamente o pai.

Flagra. O candidato a vice-presidente dos EUA, JD Vance, aprendeu do pior jeito que Ă© melhor deixar alguns grupos com mensagens no modo "desaparecer".

Retorno. A gravadora Trama estĂĄ de volta com projetos integrando o uso de IA.

Kilobytes đŸ“Ą

O consumo de carne Ă© um problema para o planeta nĂŁo apenas pelos riscos ambientais que envolvem a criação de grandes rebanhos, por exemplo, mas pelo impacto negativo que esse mercado tem na saĂșde populacional. Neste artigo a Vox argumenta que a prevenção de uma outra pandemia, como foi a da Covid-19, passa pela revisĂŁo da atual indĂșstria da carne.

Ditching factory farming can help prevent another pandemic
From the Covid-19 case spike to bird flu, Big Meat plays a role in how viruses spread. If we want better personal and public health, both industry and consumer behaviors have to change.
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Sinto lhe informar, mas todas aquelas ideias sustentåveis, da sacola reciclåvel para ir ao mercado ao uso de QR Code como interface, podem de fato ser a solução para a redução de consumo de plåstico.

The Cure for Disposable Plastic Crap Is Here—and It’s Loony
Stretchy seaweed, reverse vending machines, QR-coded take-out boxes: They’re how we can break society’s absurd addiction to single-use plastics.

O uso de inteligĂȘncia artificial na modificação de vocais ou na inserção de novos elementos em algumas cançÔes de reggae e dub tem preocupado os produtores no que diz respeito ao futuro deste gĂȘnero musical.

Sound clashes are a thrilling reggae tradition. Will AI ruin them?
The use of fake AI vocals – including those of Donald Trump – is sending shockwaves through this historic scene. At a Montego Bay clash, performers debate their culture’s future

AndrĂ© Carvalhal (o @carvalhando no Instagram) Ă© escritor, palestrante e professor de marketing digital, contribui como apresentador e colunista no GNT e no Nat Geo PodCast, da National Geographic Brasil. Na newsletter quinzenal “PrevisĂ”es Para o Presente”, que tem quase 100 mil assinantes, ele publica textos sobre carreira, marketing, sustentabilidade, alĂ©m de trazer insights sobre tendĂȘncias de comportamento e uma curadoria caprichada de livros sobre esses temas. Ideal para quem quer se atualizar sobre o mundo do trabalho sob uma perspectiva mais responsĂĄvel e conectada com o meio-ambiente. Assine a newsletter aqui.

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Uma playlist com curadoria 100% humana, atualizada toda semana, com o melhor do que escutei recentemente.

Pega a visĂŁo đŸ‘ïž

Esse aĂ­ Ă© um robĂŽ da BMW. A marca estĂĄ fazendo experimentos com robĂŽs humanĂłides e, segundo informado pela montadora alemĂŁ, a ideia Ă© que eles sejam usados em tarefas que sĂŁo "ergonomicamente ruins e cansativas"... 👀

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AtĂ© semana que vem! đŸ€™

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